sábado, 11 de setembro de 2010

Orgulho Negro


Esse post de hoje é diferente, ele fala de um grande amigo, o nome dele Rafael Barroso da Silva. Um Brasileiro, negro, veio de família de classe média baixa. Um cara que desde criança lutou contra adversidades, mas a sua grande batalha foi para compor a auto estima.


Explica-se, no Brasil terra do preconceito e ao mesmo tempo país de um caldeirão de cores e pessoas de diferentes estilos, esse meu amigo que beira o 1,80 cm, sempre encarou pessoas que duvidavam dele como qualquer negro que veio de onde ele veio, e que achavam que ele por ser quem era e da cor que era nunca chegaria a lugar nenhum.

Mas ele tinha uma coisa que poucas pessoas tem nesse mundo “coração”, e de uma simpatia e com uma coragem de se relacionar com as pessoas que assusta a qualquer ser vivo nesse planeta. Rafael esse negro de 1,80 de altura, cativa pessoas com facilidade e rapidamente se torna parte da vida delas, a lábia que hoje ele tem, foi conquistada com anos de aprendizado e observação que lhe deram argumentos para viver no trabalho e na sociedade de forma digna.

Esse cara trabalhou muito, trabalhava de 8hs até às 18hs na S.O.S computadores em 2004 e buscando uma vida com mais confortou, resolveu “ralar” como operador de telemarketing na Contax-Oi, ficou assim trabalhando nesta função de 18:30 até 00:30 simultaneamente com muita animação até o fim do ano de 2005, quando injustamente foi demitido da Contax, eu obviamente não fiquei muito mais tempo lá, sem meu grande amigo Rafa. Hoje depois de um namoro e milhões de rolos depois, esse cara, tá numa boa namorando uma “branca” de olhos verdes....huahuahua. Uma ironia para os preconceituosos de plantão. E é claro trabalhando muito depois de passar em um concurso público há 2 anos.

Nesse post não queria falar das conquistas desse cara, mas sim de como sua essência simpática e aconselhadora mudou todos os lugares por onde ele passou.

Obrigado meu amigo!!!!

E nesse mês de Setembro faz 6 anos que nos tornamos não só amigos mais irmãos, e mais unidos do que nunca.

Alexandre Oliveira

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Casarão 1° Parte

Essa história no Nosso Casarão foi contada de pouquinho e pouquinho em alguns “posts” deste Blog, mas neste vou contar o cotidiano desta família que veio a se chamar Grupo de Teatro Nosso Casarão, enquanto eu estive e depois quando voltei.


Me lembro como se fosse hoje, meu primo empolgado com uma menina que tinha conhecido numa festinha de rua, veio me contar todo cheio de disposição, naquele momento tínhamos apenas 16 anos e tudo parecia incrível! O fato é que no meio do ano de 2002 ela veio estudar no CEJB, colégio onde eu e meu primo estudávamos, assim a conheci, o nome dela era Leticía. Uma menina espevitada na maneira de falar e cheia de medos na hora de falar sobre intimidades, no fundo era tímida. Mas a questão era que ela estava ensaiando teatro no Espaço de Cultura A Casa, que tinha aberto suas portas para o grupo de atores(alunos) de Denis(O Nordestino), assim estavam apresentando a peça mais dramática da história “O Diário de Anne Frank”, e Leticía sempre me convidava para ir assistir com meu primo que já tinha visto aquela peça de 3 horas umas duas vezes.

Meio que por pressão do meu primo, já que sabia que eu gostava de teatro, fui até lá meio que 1 mês depois, acabei então ensaiando um pouco e logo substitui um menino que tinha saído da peça, apresentamos então no Teatro da UPPE em Niterói, foi a minha primeira vez em cima do palco, foi como se depois de anos procurando o meu lugar nesse mundo, eu tivesse em 3 horas o meu espaço delimitado e com uma importância que nunca achei que pudesse ter até aquele momento.

Depois daquele dia, ensaiamos “Delicadas Relações Vulcanicas”, peça escrita e dirigida por Denis, eu fazia o Pai de um drogado, era pesado, eu não entendia muito bem aquela realidade, sequer tinha conhecido um drogado aquela altura, não conhecia um décimo dessa realidade horrível que atormenta a tantos.

Em pararelo a, tudo isso Leticia queria que eu ficasse com uma amiga dela e então me leva para uma rua durante um dos ensaios e me deixa sozinho com a menina 2 anos mais nova, e que era tão feia, mas tão feia que fazia o papel de “morte” na peça “delicadas”, naquele momento aconteceu meu primeiro beijo, meio traumatizante não?! Beijo de Olhos abertos, sem sentimento, sem sentido, sem emoção!!

Eu que não sabia como era uma garota gostando de mim passo a ter duas se dizendo apaixonadas a “morte” e uma outra menina da peça que me entregou uma música em declaração de “amor”, pra quem nunca teve nada, eu fiquei dividido, e resolvi ficar sozinho. Sábia decisão porque 2 meses depois eu conheço o 1° amor da minha vida.

O nome dela Paula Rebecca, apareceu numa festinha de um amigo num colégio próximo, eu não percebera que era me queria, eu era um bobo, não fiquei, e na semana seguinte depois de muita expectativa ela vai assistir a peça “Delicadas..”, e depois de 40 minutos conversando, tive o primeiro beijo mais bacana da história, parecia um filme daqueles gostosos de ver o final, muito louco, naquele momento me descobri apaixonado pela 1° vez.

É mas dizem que felicidade de pobre dura pouco, e foi assim, depois de semanas de Romance, ela viaja nas férias e eu bobo, ficava ligando pra ela, sofrendo nas minhas últimas férias de colégio. Ela era linda, magrela, ruiva, mas quando voltou de férias eu tomei um “pé na bunda”, depois de dizer pra ela que não aceitava aquela situação.

Engraçado, aquela altura do campeonato, eu já tinha brigado com meio mundo, o nosso querido Valdeci já tinha “pego” mais da metade das meninas da companhia, e Henrique com 12 anos ainda era uma promessa, Leticia já tinha dado um barraco no término com meu primo e após um triângulo amoroso com Andréia, já estava namorando com Valdeci. Diego meu amigo, se apaixonou a primeira vista por uma magrela nova do teatro, Isabela, assim ele escreveu uma carta de amor no segundo dia que a conhecera, eu achava que ele era “louco”, porque comigo essa tática não tinha dado certo. Mas ele insistiu, ela ficou meio assustada e num dia em que nós 3 íamos embora juntos, eu puxei um assunto e deixei os dois conversando, fui segurando o passo e virei a esquina sem eles perceberem, assim Diego teve coragem suficiente para chamá-la ao cinema e posteriormente a namorar com ela, namoro esse que já dura 7 anos, e vão se casar neste ano de 2010...hehe. Quem será um dos padrinhos?

Puxa, quanta coisa não é?! E tudo isso aconteceu, em coisa de 2 meses, impressionante, mas o ano de 2003 ainda tinha muita história, tinha a peça “O Fantástico Mistério de Feiurinha” de Pedro Bandeira, que transformou Eu, Diego e Henrique no mesmo personagem que falava tudo ao mesmo tempo “Caio O Lacaio”, foi demais, meses divertidíssimos neste conto de fadas. Nos meses que seguiram, eu não tive nenhum Romance e a turma tava bem tranqüila nos seus namoros, a nota triste foi o falecimento da mãe de Valdeci, que abalou a todos, mostramos o quanto gostávamos dele e o apoiamos muito. Depois dessa fase complicada, veio Romeu e Julieta de Shakespeare, e a escalação do elenco gerou discórdia, pois aconteceu nos bastidores. Ao saber que Julieta e Romeu seriam Eu e Leticia, a mesma se recusou a fazer comigo, pois teria quer ter o famoso beijo nessa peça. Ela pensou que eu recusaria também, mas eu não o fiz, pois tinha ficado um mês fora devido a uma briga durante uma apresentação, e seria uma honra pra mim interpretar “Romeu”, e assim foi, com Talita de Julieta, os boatos de que eu queria a Julieta eram fortes, e a mesma namorava, a situação foi complicada, e a briga pelo personagem de Julieta foi atenuada após Carla ficar como substituta de Talita. E...


Obs: A segunda e última parte dessa história será postada dia 19 de Julho!!!

Alexandre Oliveira

sábado, 26 de junho de 2010

Graco..Ale e o Casarão

                                                Turma de 2003(Foto Tirada em 2010)


A história deste post, começou há 10 anos atrás, na idéia de aproveitar uma vaga em um colégio público e eu ter ido estudar no CEJB. Lá a minha história com o teatro começou, lá eu conheci um cara engraçado, um professor de teatro vindo de uma cidade chamada Gostoso no Rio Grande do Norte, ele um sonhador, que acreditava que o teatro mudaria histórias, que acreditava que seus alunos eram bons de mais pra ficar aprisionados nos muros do colégio, o nome dele: Denílson Gomes da Silva.




A partir das vivências desse professor que a nossa história começa a se tornar realidade, isto porque depois de anos trabalhando naquele colégio o professor encontra um grupo de alunos, que se propunha a encenar tudo que fosse dito como Arte. A idéia toma corpo e eles encenam o drama: “O Diário de Anne Frank e “Delicadas Relações Vulcanicas” no ano de 2001 e continuando no ano de 2002, com uma diferença. Nesse momento eles encontram o apoio do Espaço de Cultura A Casa, que lhes cede o espaço para ensaios e apresentações. Imaginem vocês, um “bando” de adolescentes sem vivências nenhuma, se propõem a fazer dramas que fugiam ao seu entendimento pela idade que tinham, muito louco!

Mais louco ainda era o líder desta Trupe, pois em marés difíceis ele navegou e tendo que controlar todo ímpeto de egos e romances que rolavam a todo momento e geravam, discórdias, brigas e intrigas, este diretor só podia ser um louco, insano, eu diria. Mas mesmo com tudo isso acontecendo, e perdas de muitos atores através dos anos, ele lutou. E hoje tenho certeza que se orgulha das pessoas que ajudou a formar, dos homens e mulheres, atores ou não, mas que tiveram suas vidas modificadas por o agora Denilson Graco, o nordestino mais sábio que conheci, pois ele não só é inteligente, mas tem a sensibilidade necessária para entender as pessoas e seus problemas.

Ahhh e imagino que queiram saber sobre minha história neste grupo de teatro chamado: Nosso Casarão. Um dia vou escrever tudo, mas por hoje.: Entrei e contribui em alguns trabalhos como ator entre os anos de 2002-2004, tive uma volta em uma apresentação em 2005.

E hoje??? To feliz, pois volto a ter o prazer de fazer teatro, estou de volta a esse grupo que me pojetou, e com atores-amigos, um grupo fantástico, Obrigado Grupo de Teatro Nosso Casarão!!

Apresentamos a Peça:

NAS MÃOS POEMAS

No Teatro Sesc de Niterói nos dias 09 e 16 de Julho de 2010.



A dura realidade da vida artística com uma pitada de humor e inteligência. O comportamento e os trejeitos de jovens atores recém-formados, que querem, a qualquer custo, defender seu espaço no mundo artístico. Direção de Alex Amorim, com o grupo de teatro Nosso Casarão.


19h. Entradas: R$ 5 (comerciários, estudantes), R$ 10 acima de [12 anos]

Elenco:

Alex Amorim
Alexandre Oliveira
Denilson Graco
Juliana Lopes
Luisa Linhares
Luis Henrique Rocha
Leonardo Bernardes
Priscila Soares

Wilson Netto(Música)

domingo, 14 de março de 2010

Novos Rumos

Ai ai, estou eu aqui de volta a meu querido blog, pra falar de um assunto do qual venho refletindo muito: “Buscar novos rumos para minha vida”.


Esse tema me fez refletir, pois me recordo de alguns momentos de minha vida, em que buscando novos rumos, acabei fugindo de muita coisa, de pessoas chatas, de colégios, de cursos e por ai vai. Assim com essa pespectiva mutante e um temperamento explosivo e um ego intocável, estudei em 8 colégios diferentes e em duas universidades distintas. Abandonei grupos de amigos pois me cansava de seus assuntos e de uma mesmice e hipocrisia, que me irritava ao extremo.

Certa vez, estava fazendo teatro em um grupo chamado, nosso Casarão e lá fiz grandes amigos, realizei grandes trabalhos, tive momentos dignos de cinema: primeiro beijo, grandes paixões, bons trabalhos, discussões e brigas grandiosas que deixariam Mike Tyson com inveja. Mas depois de 3 anos no mesmo lugar vivendo momentos repetidos com personagens diferentes e as vezes com os mesmos atores, me cansei, percebi que após o segundo grau precisava de mais, precisava viver algo mais intenso e me livrar do meu incomodo rotineiro. Foi quando arrumei um emprego e entrei pra faculdade, assim coloquei tantos empecilhos de tempo na época, que não havia como continuar no teatro. Como tantas outras vezes, fugi covardemente de mim mesmo, afinal o Alexandre egocêntrico daquela época me incomodava mais do que tudo, e o teatro era a culpa dos males da época. E foi assim que abandonei o teatro durante anos, e voltei após algum tempo sem ritmo, sem talento e sem paixão.

Pois é, hoje tento recuperar essa parte da minha vida que é uma parte tão intensa que assusta, mas tão divertida que emociona, e tão emocionante que nos faz rir. Na busca de novos rumos desta vez, me recuso a fugir, me recuso a cair no ostracismo dos amigos, e me recuso a ser covarde.

Daí, digo que buscar novos rumos não significa mudar de lugar, pessoas ou de amores. Mudar de rumos pode ser, ter uma nova atitude pra mesma vida, transformando-a ela em uma vida tão divertida, que eu, daqui há algum tempo conseguirei o que é raro pra mim, manter os amigos os lugares, as histórias e mudando o rumo da rotina, para algo que vale muito mais nesse caso a ATITUDE.

Constantes mudanças acontecem comigo, mas creio que essa seja a mais relevante.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Vou pedir pra você ficar



Ontem meio que por volta de 4 da manhã, acordei e comecei a pensar sobre as partidas das nossas vidas, e me deparei com um fato corriqueiro da minha vida, fato este muito comum na vida de amigos e amigas minhas também.

O fato é que sempre em algum momento da vida tenho que me despedir de pessoas importantes, e o engraçado, é que não pela morte que seria o caminho natural, mas nos despedimos porque elas invariavelmente tem de resolver coisas em outras cidades, estados e até outros países. E sempre que isso acontece é inevitável e na maioria das vezes isso é muito bom para quem parte, visto que geralmente quando isso acontece é em decorrência de um emprego novo, ou de uma bolsa de estudos, mas em todas as possibilidades haverá uma longínqua separação, que como disse será boa para quem vai e muito ruim pra quem fica. Entretanto quem fica parece sentir uma falta louca dessa pessoa, que não está mais lá, mas que você foi obrigado a deixar partir. Assim poderia aqui citar alguns exemplos de pessoas que significaram muito pra mim e tive que deixar ir, e de pessoas que amigos tiveram que deixar partir, mas esse não seria o objetivo deixe post, o objetivo é lembrar uma saudosa frase do meu amigo Rafael Silva, “chega um momento que a ave tem que voar”, e quando isso acontecer “vou pedir pra você ficar”.

No entanto nos lembremos o quanto é duro pedir para ela ficar, já que a “ave” tem que voar, e quando você a deixa presa um dia ela se revolta, e você perde muito mais, perde o carinho da “ave””, e a pior coisa que ainda existe é a perda de liberdade, então quando pedir pra você ficar e deixá-la ir não é porque não a amo, mas é porque ainda admiro a sua liberdade e a respeito!

Para este post ficar um pouco musical, segue uma música voltada mas pro lado dos casais, mas que diz muito:



Não quero dinheiro, só quero amar (Tim Maia)

Vou pedir pra você voltar


Vou pedir pra você ficar


Eu te amo


Eu te quero bem


Vou pedir pra você me amar


Vou pedir pra você gostar


Eu te amo


Eu te adoro, meu amor


A semana inteira fiquei esperando


Pra te ver sorrindo


Pra te ver cantando


Quando a gente ama não pensa em dinheiro


Só se quer amar


Se quer amar


Se quer amar


De jeito maneira


Não quero dinheiro


Eu quero amor sincero


Isto é que eu espero


Grito ao mundo inteiro


Não quero dinheiro


Eu só quero amar

Alexandre Oliveira