“Sei que pra nós dois um romance é,... coisa
complicada demais”
Jorge
e Matheus
O
texto de hoje é em homenagem a todos que tiveram um romance platônico e para
aqueles que tiveram a oportunidade de viver esse romance, mas que só rolou uma vez e não se repetiu, hoje
contarei histórias como sempre, usaremos exemplos e concluiremos as loucuras de
sempre no texto de 98 das Sambadinhas do Ale, apenas mais dois e chegaremos
neste histórico número 100.
O
amor platônico na sua essência já
é meio melancólico, segundo o Wikipédia significa: na acepção vulgar, a ligação amorosa
entre duas pessoas sem aproximação sexual. Mas na verdade é o amor dentro do ideal
platônico, que se torna um paradoxo visto que sua teoria não se fundamenta num
interesse (mesmo o sexual), mas na virtude. Diz-se que é quem
não tem interesses materiais ou prazeres mundanos.
No popular, é quando alguém tem interesse
em outra pessoa(querendo no minímo beijar sua boca), sem que a outra pessoa
saiba, e que mais, a mesma não tenha sequer contribuido na criação desse
sentimento de maneira direta, geralmente a pessoa que recebe o “interesse”
sequer imagina. Entre amigos, acontece muito isso.
Mas hoje não vamos lembrar dessas histórias
de maneira triste, vamos lembrá-las com um sabor de romance não vivido que
causa um sorriso de canto de boca e um leve suspiro de saudade do que não
aconteceu. Afinal quem não nunca teve um tipo de romance não vivido por algum
motivo?!
De cara, me lembro de um amigo que tive lá
pelos meus 11 anos, ele era louco pela sua prima, uma magrela, que todos
chamavam de saracura, para a maioria, nela não havia uma beleza estridente, mas
para ele havia algo que não podia ser descrito em palavras, e parecia que apenas
um beijo selaria, a paz necessária, para um momento de felicidade real que
aconteceria pela valorização de um romance que existia apenas em sua cabeça.
Mas infelizmente ele não era um garoto talentoso na arte do falar e da
conquista, e nunca disse de maneira direta que queria ficar com ela, no único
dia que teve a oportunidade de aproximar sua boca da dela e beijá-la, num
momento de clima intenso nunca antes aparecido, ele foi interrompido pelo seu
irmão que cortou todo clima, na época esse meu amigo disse apenas uma frase: “a
gente nem ficou”.
Em outra históra, o mesmo garoto já no alto
dos seus 30 anos, no auge de seu carnaval mais louco, bebia, fazia amizades e
causava tanto que se tornou popular com um carisma não antes percebido por ele
e que gerou grande repercussão, ficou com garotas, mas protegeu sua imagem para
que a maioria não soubesse, mas uma, ele se tornou amigo, a ajudou em todos os
momentos possíveis, na sua cabeça, não havia a possibilidade de um um romance
ali brotar, de um beijo ali acontecer mesmo que fosse apenas um, e que ele
nunca mais se repetisse. Bem, ele até pensou, me disse na época, mas achou
melhor não se arriscar, já que a experiência lhe fez perceber que não dava pra “cantar”
quem não queria ser cantada, visto que a mesma não lhe dara nenhum sinal. Num
determinado dia, ele a encontrou sem grandes expectativas, e a amiga da ditacuja,
acende um sinal na cabeça do garoto de 30 anos, e ele resolve tocar no assunto
e canta a “amiga”, Ele leva um toco, e me diz apenas uma frase: “a gente nem
ficou, e mesmo assim eu não tiro ela da cabeça”.
E pra finalizar uma das histórias mais
televisivas dos meus queridos amigos ousados. Numa noite de sertanejo alegre,
em uma boate vazia, um amigo de longe mira uma loira alta, que chamava antenção
pelo seu olhar marcante e um sorriso estonteante, além é claro de ser tão linda
de deixar os poucos homens da boate boquiabertos. O fato é que num arrobo de
coragem a jovem loira vem conversar com meu amigo dizendo que sua amiga me
queria, e lógico que topei a missão, mas meu amigo, encantado com a loira,
conversa com ela exercendo todo o seu talento apreendido provavelmente em
prosas e versos de botequins, e consegue ficar com a linda loira. Entretanto
diversão de pobre é por pouco tempo, e na hora que se despediam ou decidiam se
elas iriam conosco para casa, eis que aparece o galã sexy anão, Caio Castro, e
faz um sinal para uma terceira amiga do grupo que tinha sido abandonada por um
bebado qualquer, e oferece carona para ela, e leva de brinde, a minha, a loira
e a pequena pônei loira amiga das duas. Neste último momento de luta de olhares
contra o galã global, meu amigo ouve apenas uma frase da gata loira: ‘tenho que
ir, mas você entende né?!”. De fato não tínhamos como competir!!
Assim o pouco que durou, o fez duvidar que
um dia a esquecerá, e nas outras histórias, eles poderíam ter deixado rolar, e
aproveitado os momentos que tiveram a oportunidade, já que aquela sensação de
água na boca ficou, e eles não tiraram elas da cabeça, pois simplesmente não
tiveram a oportunidade de se decepcionar ou carimbar um momento ou uma vida
para a eternidade dos contos de fadas e romances, eles não ficaram, e olha o
que causou a eles, a sensação do não acontecido que é a pior possível.
Por tanto, deixar o fogo que apagou brilhar
de novo é a saída pois quando forem se ver, um esperará o o outro e um dominará
o outro, mesmo que seja por uma noite, um dia, ou 1 semana. E assim não tiramos
aquela pessoa da cabeça devido ao romance não vivido. Será que não é melhor
nunca mais esquecer dela pelo beijo inesquecível que foi dado, como na terceira
história?! Não tenho dúvidas que é melhor arriscar, pois essa história de “a
gente não ficou”, não é saudável nem pra ele, nem pra ela, por mais que pareça
a maneira menos problemática de lidar com as coisas, é nessas horas que vejo
que o medo paralisa as pessoas, e o medo de perder como já dissemos uma vez,
sem dúvidas tira a possibilidade de ganhar.
Quer entender melhor essa sensação?? Então
ouça Jorge Matheus e essa música que diz tudo sobre o tema de hoje:
http://www.youtube.com/watch?v=LQXaaXJfmGk
Até o texto 99, Abraços e Beijos
Alexandre Oliveira
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