segunda-feira, 26 de junho de 2017

ZOAÇÃO TEM LIMITE

Há uns anos atrás e até hoje vem se discutindo muito sobre o limite para brincadeiras entre amigos, trotes em faculdade e etc. E esta semana me peguei relembrando situações do passado, situações não tão legais de se lembrar, mas que valem uma reflexão, e assim resolvi escrever, postar e aqui estou.

O ano era 1997, eu sentia muitas dores de cabeça jogando videogame, como era viciado nos jogos, minha mãe achava que o excesso estava me fazendo mal, ao levar no Hospital, se constatou que havia um problema, e teria que usar óculos. Como eu já naquela época sofria com a zueira dos “amigos”, minha mãe achou por bem me dar óculos que me dessem conforto, deixando escolher aquele que fazia eu me sentir melhor. Ela trabalhava como vendedora, e tinha meses que ganhava bem e outros que nada ganhava, mesmo assim me deu óculos que custaram R$457,00, uma fortuna para época, parcelou em suaves prestações de R$45,70, ou seja, em 10x no cheque.

Confesso que não gostei de ter algo em cima do meu nariz, no entanto me senti o verdadeiro Clark Kent, e achava até que as garotas olhavam mais para mim. Porém alguns meninos não ficaram muito felizes com meu “sucesso” e resolveram fazer uma pequena brincadeira.

Eu guardava os óculos em uma mochila e ia para o recreio, durante um desses dias eles entraram na sala e roubaram os óculos, e puseram uma dúzia de pedras dentro da mochila. No que cheguei em casa chorando, não sabia como explicar a minha mãe o ocorrido, afinal por medo da retaliação não havia comunicado ao colégio, coisa que minha mãe tratou de fazer para o menino de 11 anos.

A Dona Graça foi ao colégio e fez um baita barraco, tipo mulher do gueto em supermercado Guanabara em promoção. O fato é que ela comprou outro e exigiu reembolso do colégio. Tempos depois, o acessório roubado apareceu novamente na minha mochila e eu fiquei com dois óculos.

Quatro anos depois do ocorrido, eu vinha de um ano traumático e estava feliz por estudar em um colégio onde tinham pessoas apenas da minha faixa etária. O Ano era 2001, não existia celulares populares, o telefone fixo ainda era muito usado, Wherever You Will Go do The Calling era a música mais tocada, minha novela favorita “Um anjo Caiu do Céu” havia terminado há pouco. Era o ano que eu imaginava que meu primeiro beijo deixaria de ser um sonho bobo de comédia romântica, apenas “era para ser”.

Eu achava que estava tudo bem, era goleiro do time da sala que se preparava para o campeonato do colégio. Me dava bem com todos, era amigo das meninas mais gatas e das mais feias da sala. Tudo ia bem, até o dia 10 de abril quando completei 15 anos, oito garotos resolveram fazer uma brincadeira.

Eu estava sentado na mesa do professor, um dos meninos veio pela frente e me distraiu, enquanto os outros sete vieram por trás e me deram uma série de dezenas de tapas na nuca, a ponto de deixar inchado o pescoço e parte das costas. Chorei, chorei muito, eu não era popular, mas estava sobrevivendo e naquele momento eu percebi que o bom ano havia acabado, as meninas ao me ver daquele jeito disseram para eu comunicar a coordenação. Mas eu não era um X9, eu pensava: “não vou fazer isso com eles, afinal eles são meus amigos”.

Minutos depois de muitas lágrimas no pátio do colégio, uma das coordenadoras aparece chamada por uma colega da sala e me pergunta o que ocorreu e eu não menti, contei o ocorrido e assim começou meu inferno astral de 2001.

Os meninos foram levados a coordenação e os oito foram suspensos por uma 1 semana. Ao retornarem, não pouparam esforços para que eu ficasse o máximo isolado possível, não pouparam esforços para que eu fosse achincalhado por metade da turma, e claro, não pouparam esforços para ridicularizar o menino romântico que estava gostando da menina mais bonita da sala, e as meninas sentiam mais pena ainda do menino bobo. No futebol o fair play acabara, fui retirado do time e nas aulas de educação física o esporte passou a ser me machucar dentro das “regras da esportividade”. Assim resolvi nas aulas de educação física ir jogar basquete sozinho na quadra anexa. No ano seguinte resolvi enfrentar e ficar no colégio para tentar superar as relações mal construídas de 2001, mas o colégio entrou em greve e tive de ir para outro, infelizmente, pois adoraria ter aparado as arestas e superado aquilo civilizadamente fazendo todos perceberem o quanto éramos pequenos naquela situação e que poderíamos sim, ser amigos de verdade que superaram problemas bobos, entretanto quis o destino que cada um seguisse para um lado.

Não é todo jovem que supera tudo como superei, e segue a vida tomando como lição aquilo que se passou. A maior parte das pessoas que me conhece não sabe dessas duas histórias. Assim como não sabemos as histórias de tantos que estão tão perto agora, não sabem o que as levou até ali, da onde tiraram força para tanto e como alcançaram seu sucesso pessoal.     
        
Contudo, o mais importante é perceber que uma criança/adolescente não tem poder de decisão e capacidade de entendimento suficiente para saber lidar com situações de agressões físicas e morais, sem a ajuda de adultos responsáveis e cuidadosos. Um adolescente já é capaz de saber quando fere um outro colega, mas certamente não é capaz de sofrer calado e superar sozinho uma agressão moral. Zoação é normal, mas só é saudável quando todos em um grupo tem a mesma liberdade de brincar, de zuar e ser zoado, pois isso sim é uma brincadeira entre amigos. Precisamos olhar por aqueles que necessitam de nós, tratar os iguais como iguais, e os desiguais com desigualdade. O jovem tem que ter o dever social de arcar com as responsabilidades dos seus atos, pois quem deve sofrer é o agressor e nunca o agredido, pois a zueira tem limite!

Reflitam!

Obrigado

Abraços e Beijos


Alexandre Oliveira

sexta-feira, 16 de junho de 2017

HOJE AMANTE, AMANHÃ CORNA NEURÓTICA

"Me queira e queira ficar"
                            
                                    AnaVitória

Uma traição já é um ato que fere a si mesmo e consequentemente o outro. O Ato por si só já é degradante para quem o faz, e claro para quem sofre, por ser o parceiro(a) traído. Mas imaginem o ponto de vista da amante da história.

Segundo meu ponto de vista, se todos no mundo tivessem a consciência de não se meter na vida de um casal, o mundo seria melhor. Mesmo assim alguns dirão que a amante da história, muitas vezes não sabe que é amante. Ok, tudo bem, mas quando descobre, vai continuar com a cagada? Eu respondo que a pessoa continua, pois em porta arrombada ninguém põe fechadura.

Volto a dizer que acho que o maior culpado de uma traição é a pessoa que tem um relacionamento e procura uma terceira para satisfazer desejos, mas o assunto desse texto é a amante, então continuemos.

Uma amante nem sempre é uma má pessoa, ela pode ser apenas uma pessoa que se deixa enganar e passa o tempo quando se passa de um ponto, nem ela própria sabe porque está ali, mas o desejo velado pelo sentimento acumulado pelo tempo não deixa a mesma sair da situação.

Pois bem, se você é amante e espera daquela relação, uma simples “ficada” sem compromisso, com objetivo de satisfação temporária, seja ela sexual ou apenas de beijos quentes em noites frias, tudo bem, tá ok, pois você não tem nada a ver com o assunto, certo?!

Ouvimos muitas histórias de homens que traem a suas mulheres e contam para amante aquela velha história de que o relacionamento está difícil, que ele não é compreendido, que ele quer terminar, mas não sabe como fazer, e que ele precisa de uma mulher, como aquela que ele está conversando. Velho papo do 171 profissional que diz que é a primeira vez que fala isso para alguém, mas já é a vigésima vez que manda esse papo. Caia fora e cesse o papo nesse momento, ou quando menos se espera, se tornou amante do cara.

Assim começam as promessas não cumpridas, e uma submissão que nem a própria percebe que está se colocando. E isto acontece pois ela está se apegando a um baita canalha, que é mais sujo do que um Sérgio Cabral da vida, ela está caindo na lábia deste vagabundo, sem mesmo perceber.
A submissão ocorre porque ela passa a fazer programas com ele apenas nos horários que ele não está com a “oficial”, ela passa a mandar mensagens apenas em momentos que a de “fé” não está com ele. Em contrapartida este canalha manda mensagens para a amante dizendo que o programa com sua namorada está muito chato, e que seria mil vezes melhor estar com ela, e ainda pede que ela sonhe com ele. Vai ser sujo lá em Monjolos!

Oi?! O cara vai dormir com a namorada, e pede para você dormir pensando nele? Isso é o cúmulo da cara de pau. Assim quando a amante percebe que gosta do cara, ela começa a sonhar que o pilantra vai se separar da namorada, e o sujo começa a prometer que um dia isso vai acontecer, mas na real gata, te falar uma verdade: NUNCA VAI ACONTECER!

Como para toda regra tem a sua exceção, vai que acontece.

Bom, caso aconteça, o que te faz pensar que um homem que traiu a sua namorada atual, não vai te trair quando você amante for a “oficial” do momento?

Minha amiga, isso não é uma pergunta, é uma certeza, você amante de hoje é a corna de amanhã, e eu nem preciso de bola de cristal para prever seu futuro de insegurança no relacionamento e falta de confiança. Afinal o que começa no erro, permanece no erro.

Logo, para de ser trouxa sai fora dessa, pare de ser a idiota da vez e ceda o espaço a outra pessoa com menos inteligência que você, deixa de ser idiota e acorda pra vida!!! Pois uma mulher inteligente sabe muito bem o que quer, e a hora certa de correr, então exerça sua inteligência, e deixe de ser burra!


Abraços e Beijos

Alexandre Oliveira