O que muda
namorando?
Depois de
algum tempo eu volto a ter tempo de escrever neste blog. E levando-se em conta
que para um blog que trata de relacionamentos, o dia dos namorados é uma data sagrada, então abaixo você lerá o texto “especial” da
data. Hoje vou dissertar sobre o que basicamente muda de quando se está solteiro
e você passa a namorar, e a história tema do dia, não terá personagens forjados
nem mesmo exemplos de amigos, a história central será minha recente
experiência.
Pra
começar, sempre deixei claro a importância de se namorar alguém que te encante
e que você goste tanto a ponto de não desejar outra pessoa, no meu caso, é
assim que sinto.
O que muda
quando começamos a namorar alguém que
gostamos, é o pronome do inicío de qualquer frase, já que nós substituímos o pronome “eu” pelo pronome “nós”. Quando nos
chamam para fazer algo não dizemos mais “eu vou”, dizemos “nós vamos”, e quando
temos que decidir o final de semana, pensamos não naquilo que queremos, mas sim
naquilo o que nós queremos.
Ou seja,
quando se entra numa relação a dois, não podemos pensar apenas no que queremos, temos de pensar no que a outra
pessoa quer, temos de respeitar seus quereres, seus desejos e suas decisões.
A
questão é que quando estamos apaixonados, queremos estar com a pessoa todo o
tempo que podemos, queremos dar “bom dia”, “boa noite”, queremos matar as
saudades sempre que possível, queremos ouvir a voz da outra pessoa por qualquer
assunto.
E com isso muitas
vezes deixamos de estar 100% em algumas situações em virtude dessa vontade
louca do que te atrai tanto, daí abrimos mão de quase tudo em função disso. Mas
a verdade é que essa vontade louca é fruto do inicío, já que começo é brilhante e
cheio de nuances e excessos de vontade, um excesso de vontade tão grande que
por muitas vezes, faz com que passemos do ponto, mas sabemos o tempo isso se acalma, e a paixão se torna um amor tranquilo, "com sabor de fruta mordida". Cenas de carinho são
confundidas com cenas de ciúme e controle. O engraçado disso é que o ciúme ou
controle nem nos passou pela cabeça, visto que apenas queríamos estar junto, e
se possível apenas os dois, afinal é no inicío que se cria laços para superar
tudo o que ainda estar por vir, pois o restante da relação virá com tantas
responsabilidades, que é lá no inicío que fortalecemos o namoro para que nada
os abale no futuro.
O que muda
também é a relação com as outras pessoas, já que você passa a ter uma pessoa
que passa a ser mais uma prioridade em sua vida. Amigos querem que você saia
para a noitada, mas você passa a nem cogitar essa possibilidade sem que a sua
namorada esteja junto, não porque você não se garanta de não “ficar” com outra
pessoa , mas simplesmente porque você não quer estar em um lugar onde a fofoca
seja passível de abalar o seu relacionamento, sem necessidade alguma. E
convenhamos, amigos de verdade são sempre amigos e podemos estar com eles fora
da noitada, com bastante tranquilidade e curtindo bem mais, em ótimas resenhas.
Essa
relação com amigos não deve ser deixada de lado nunca, mas não sabemos que
amigos e amigas são esses, e estamos os conhecendo, uns com maldade, outros com
amizade sincera.
Estamos neste primeiro momento tentando entender e saber onde
podemos “pisar” e onde não, tentando entender quem importa e quem não. Mas com
um pouco de razão, queremos ser agradáveis com todos, mas fazemos isso a partir
do momento que esses amigos e amigas demonstram isso, afinal o namorado é o
novo, naquele grupo de pessoas, e pra que se sinta à vontade depende da boa
recepção delas, e a minha reciprocidade em troca, é como uma criança que não
sabe andar de bicicleta e começamos com ela andando com duas rodas laterais
adjacentes e depois quando ela sente equilíbrio, tiramos as rodinhas e deixamos
ela caminhar sozinha.
Ninguém
nasce sabendo namorar e conviver. Não existe curso pra agir da melhor maneira,
mas o que se tem que fazer em qualquer namoro é dar espaço, deixar a pessoa à
vontade e livre para tomar suas decisões e não estabelecer uma relação de
controle e deixar o outro sentir saudades é primordial. Mas o que aprendi na pele, é que além de fazer tudo isso, tem de se
demonstrar isso, pois do contrário a outra pessoa se sente sufocada, sem espaço, sem liberdade e isso gera
desânimo, desconforto e dúvidas. Isso tudo porque além de não ser um “sufocador”,
tem de parecer que não é, mas às vezes o que você pensa que é uma maneira de dar
espaço para outra pessoa é controle, e essa é uma linha bem tênue.
No namoro
aprendemos muito, conhecemos a fundo outra pessoa, compartilhamos todos os
momentos, passamos a conhecer uma outra pessoa de uma maneira que não
imaginávamos, conhecemos tanto que por vezes sabemos até o que a outra pessoa
está pensando. Mas mesmo conhecendo tanto, haverão coisas que ela pensou que
nem passou por sua cabeça, e isso tem que ser entendido e compreendido, pois o
namoro é um grande aprendizado, no fim acaba sendo um grande teste para saber
se essa será o amor da sua vida ou não, mas se adaptar sem sofrimento é o
principal, lembremos daquela famosa música:
“Não
precisa mudar, vou me adaptar ao seu jeito, seus costumes seus defeitos, seus
ciúmes suas taras pra quê mudá-las? Não
precisa mudar vou saber fazer o seu jogo, fazer tudo do seu gosto... mas sei
que no final fica tudo bem, a gente se ajeita, numa cama pequena, te faço um
poema e te chamo de amor”
Quando se diz uma frase dessas como na música, é porque realmente se está apaixonado e acima de tudo você está tão encantado pela outra pessoa que até seus defeitos se tornam minímos, se adaptar um pouco todos vão, até os que tem muitas afinidades em comum.
Um texto
como esse que escrevi acima pode ter diversas interpretações, assim como uma
ligação de boa noite pode gerar uma série de interpretações, mas pra quem gosta, um boa noite, é apenas um gesto de carinho.
Portanto, o
que muda mesmo é que o "nós" é mais importante do que o "eu", mas sem deixar sua independência de lado, lógico. E a verdade "verdadeira" é que você fica feliz quando a outra pessoa está sorrindo, e
para que isso aconteça, tudo vale apena!
Abraços e
Beijos
Alexandre
Oliveira
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