“Estou
praticando ser gentil, ao invés de ter razão”
A frase
acima é espetacular, e muito difícil de ser praticada, embora seja o melhor a
fazer nessa vida. Ela foi tirada de um livro que acabei de ler chamado “O Lado
Bom da Vida” do escritor Matthew Quick,, recomendo a todos a leitura, com
profundas reflexões. No livro, Pat Peoples, acabou de sair de uma Clínica de
loucos, e após muito tempo sua mãe o tira de lá, e ele volta ao convivio com família
e amigos, sem lembrar ainda do que ocasionou seu problema, seu objetivo é
buscar melhorar o tempo inteiro, fazer tudo que sua ex-esposa gostaria que ele
fizesse, daí ele começa a malhar muito, correr, pratica ser mais gentil ao
invés de ter razão, e passa a ler os livros que sua amada Nikki adorava, tudo
isso para acabar com o tempo separados. Com essa idéia na cabeça, ele busca ser
mais otimista, sempre acreditando que vai reconquistar sua ex-esposa, e no caminho
encontra várias pessoas, situações interessantes e surpreendentes.
Muito difícil
é ver o lado bom das coisas, acho que nesse mundo conheço uma pessoa que é fera
nisso: minha mãe. Ela é daqueles tipos de pessoa que pega uma mínima porcentagem
de algo bacana que a pessoa tenha e transforma isso numa incrível qualidade. Óbvio
que nem sempre ela foi assim, no passado ela teve opiniões fortes e um
temperamento extremamente explosivo como boa Leonina que é. No fundo o tempo
meio que amansa as pessoas, creio que isso que tenha acontecido com a dona
Graça. Na verdade, é muito difícil pensar
na gentileza antes da pancada explosiva, antes da opinião extremamente cruel e
sincera, no geral é complicado demais ser otimista com as pessoas.
Num passado
não muito distante, até bem próximo, fiz muito isso, massacrei com opiniões
fortes e sinceras muitas pessoas, magoei, fui profundo demais sem necessidade.
Muitas das pessoas, dais quais julguei de uma maneira inicial de forma ruim,
tive a oportunidade de prestar mais atenção nelas e rever meus conceitos, assim
como Pat Peoples, consegui ver o lado bom delas e assim seguir a vida,
diminuindo o instinto raivoso do ser humano, trazendo muitas delas pra perto,
as tornando amigas de verdade.
No entanto
ver o lado bom exige uma pureza de coração muito intimista, uma pureza que
perdemos quando deixamos de acreditar nos sentimentos, nas pessoas, quando
deixamos de acreditar nas fantasias que o mundo nos impõem(Papai Noel, Coelho
da Pascoa e Contos de Fadas), e nos
tiram numa fração de segundos. Acreditar então é a premissa principal para se
conseguir ver e viver o lado bom da vida. Isso pois as vezes duvidamos demais
dos outros, e de nós mesmos.
Não dá pra
ficar cobrando das pessoas que elas sejam o que queremos que sejam,
necessitamos é de encontrar a felicidade, naquelas que realmente nos façam
feliz, independente de como essa felicidade se dê.
No livro
Pat diz que não quer mais assistir filmes, pois o único filme que quer assistir
agora é o filme da sua vida, filme esse que quem esta escrevendo o roteiro é
Deus, mas que ele tem por obrigação, estar preparado para todas as cenas do
filme. Assim ele busca se tornar um homem melhor para que sua esposa o aceite
de volta, e no fim das contas tudo que ele faz, acaba o tornando um homem melhor
em todos os sentidos. De todo modo, nosso personagem aparece com um distúrbio
mental, e quem dera que todos tivessem distúrbios mentais para acreditar numa
história feliz, pra acreditar que existe o amor da sua vida, amigos de fé, o
trabalho dos sonhos e uma família de fato “perfeita”.
Há anos
atrás uma amiga minha que óbvio não citarei aqui, embora não fale com a mesma
há anos. Bom, ela acreditava em romances, acreditava que todo o cara que ela
ficava, poderia vir a ser o amor da sua vida, por esse motivo ela se arriscava
emocionalmente com todos que ficava, e assim na maioria das vezes se
decepcionava e vinha desabafar comigo. E eu dizia pra ela pegar mais leve, e ir
com calma, pois ela mergulhava muito de cabeça nas relações. E ela me disse
algo que me fez entender o que ela
passava.
“ Ale, o
meu sonho é conhecer o homem da minha vida, o cara que vai me amar, que eu o
amarei, que vai cuidar de mim e eu dele, o cara que vai dormir comigo todos os
dias me fazendo cafuné, o cara que quando eu acordar, vai sorrir pra mim e
dizer que eu sou linda até acordando, o cara que quando eu estiver desanimada,
ele vai me animar, e que quando ele estiver desanimado, eu vou apoiá-lo sem
perguntar o porque de tudo, apenas por eu saber que estou lá com ele, e que
assim vai se sentir seguro por eu estar lá. O cara que vai ser o pai dos meus
filhos, e que terá o maior prazer de dividir a cama para brincar com os
pequenos, e que quando formos um dia avós sentados em uma cadeira de balanço
vendo os netos brincarem, ele vai me dar um beijo e dizer que ainda me ama”
Ali, eu
percebi o brilho nos olhos da menina quando dizia essas palavras, pois ela acreditava
que isso era possível, assim por mais louco que podia parecer os riscos que ela
corria, de sucessivas decepções, naquele momento tive a certeza, que ela um dia
encontraria seu objetivo de felicidade, e que nunca se desviaria do foco, por ”lancinhos”
sem importância para satisfação do prazer, como ela mesma disse.
Daí,
refleti sobre algumas coisas, a verdade é que falta um pouco de utopia na nossa
realidade, falta um pouco de sonho dentro da realidade, falta muita crença, falta espirito de luta e
acima de tudo falta fazer do sonho um sonho, e acreditar mais nele do que numa
realidade politicamente correta e possível, pois as vezes o impossível só se
torna realidade vendo o lado bom da vida.
Portanto,
se refletirmos bem, as pessoas de maior sucesso na vida são aquelas que lutaram
pelos seus sonhos, sem se abalarem pelos obstáculos, sem acreditarem que aquilo
não era possível. Pessoas felizes são aquelas que buscam incessantemente o que
querem com muita raça, sabendo que no fim daquela estrada a conquista terá
valido apena, e acreditar que não é possível, é o sinal que você ainda não está
preparado para conseguir o que quer.
“Eu acredito,
tenho fé, e tenho muita raça, e não há quem me faça desistir”
Pense
nisso, e veja o lado bom da vida, o seu qual é?
Até as próximas
Sambadinhas do Ale!!!!
Abraços e
Beijos
Alexandre
Oliveira
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